Aproveitando o período reservado às intervenções do público, o Movimento em Defesa do Rio Tinto fez-se ouvir na Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, realizada a 21 de Dezembro p.p. e viu as suas recomendações serem aprovadas pela Assembleia depois de transformadas em proposta de um dos deputados eleitos.
A Assembleia de Freguesia de Rio Tinto manifestou-se receptiva à ideia de integrar a requalificação da bacia hidrográfica do rio Tinto no Plano de Acção do projecto "Futuro Sustentável" (que carece de candidatura ao QREN), tendo em vista a conservação e recuperação de várias zonas verdes ribeirinhas.
É o caso da conservação da zona verde e rural entre o Meiral e Areias (Pego Negro), potencial extensão do futuro Parque Oriental da cidade do Porto e da recuperação do Moinho da Vitória na Levada e do aglomerado ribeirinho junto ao Horto de Vila Cova, polos de um futuro Centro de Interpretação Ambiental.
As sugestões do movimento, que a Assembleia de Freguesia acolheu, referem ainda a necessidade de uma intervenção urgente nas áreas aluviais e de risco de cheia que emende erros cometidos e apontam para a construção de caminhos ou vias pedonais junto às margens.
Este esforço, que se estende à limpeza das margens e do leito do rio, terá maior visibilidade com a criação de um dia consagrado ao Rio Tinto, que sirva de mobilização civica dos riotintenses, e ganhará outra dimensão se acompanhado, como previsto, de campanhas de sensibilização e de educação ambiental destinadas à comunidade escolar e às populações ribeirinhas.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto congratula-se pelo facto da Assembleia de Freguesia de Rio Tinto ter, prontamente, acolhido a proposta que o movimento apresentou na reunião de 21 de Dezembro p.p., dando também, desta forma, um exemplo de como é possível que a intervenção dos cidadãos possa ter eficácia para além da simples manifestação periódica do voto.