quarta-feira, 29 de maio de 2013

Resposta da candidata Ana Paula Canotilho

Continuamos a divulgar as respostas que nos vão chegando às questões que remetemos aos cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal de Gondomar,  na área de intervenção do nosso Movimento.
Recordando as questões.
1 -Solução para os emissários dos esgotos no leito do rio, sim ou não?
2 -Fiscalização das ligações de esgotos ao rio, sim ou não?
3 -Impedir o lançamento do efluentes da ETAR no rio Tinto, sim ou não?
4 -Parque da Levada, sim ou não?
5 -Recuperação dos edifícios ligados à história do rio Tinto, sim ou não?


Divulgamos hoje a resposta recebida da candidata do BE Ana Paula Canotilho.

Envio as respostas às questões propostas pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto, considerando as questões pertinentes. Como cidadã e candidata à Câmara de Gondomar, pelo BE, desde sempre me preocuparam as questões ambientais, não só do Rio Tinto, como do rio Sousa e Douro, que se encontram poluídos.

1-Neste caso penso que se deveria desviar os emissários das zonas de leito de cheias sendo por sua vez, necessário a manutenção e verificação periódicas dos mesmos.  Relativamente aos investimentos seria necessário contratar uma empresa especializada e pedir um orçamento para se conhecer os montantes envolvidos

2-É evidente que é necessário uma fiscalização contínua às ligações de esgotos até mesmo para evitar e identifica ligações clandestinas de maneira a corrigi-las. Uma das medidas a tomar seria a existência de um plano de monitorização e verificação anual. Outra seria sem dúvida, o contato direto com as populações de modo a ouvi-las e conhecer as suas sugestões afinal ninguém conhece melhor o rio e os seus meandros do que elas. Em relação às populações carenciadas proponho um fundo de apoio para construir e melhorar as ligações aos coletores, pois, é obrigação da Câmara financiar na totalidade essas pessoas  (foi um compromisso nas ultimas eleições autárquicas por parte do BE), continua a ser nestas eleições.  E garantir o cumprimento das regras de higiene, segurança e ambiente dentro da sua área de jurisdição. Por outro lado pensamos que a prevenção neste setor é fundamental, mas também a educação ambiental que não deve ser só feita nas escolas mas também com as populações.

3-  Uma vez que, a ETAR do Freixo em alturas de maior pluviosidade poderá não ter a capacidade de receber os efluentes de Rio Tinto, uma alternativa seria a reconstrução da ETAR de Rio Tinto com tecnologias mais adequadas de modo a responder a esta problemática.
Proponho a seguinte alternativa descrevendo o seu processo:


Primeiramente, o afluente entra na estação de tratamento e sofre um processo preliminar físico de modo a remover sólidos de grandes dimensões.
Posteriormente o efluente segue para um tanque (tratamento primário), no qual é adicionado um coagulante (exemplos: sais de alumínio ou de ferro III) de maneira a provocar a sedimentação dos sólidos suspensos. A mistura é realizada num tanque de agitação rápida, passando de seguida para outro sem agitação, de modo a depositar as partículas por gravidade (decantação).
A eficiência da coagulação está dependente da quantidade de composto adicionado, do tempo de mistura e do processo de controlo. Os valores de remoção encontram-se entre 80 a 90% para SST (sólidos suspensos totais), incluindo partículas coloidais, entre 50 a 80% para o CBO e 80 a 90% para as bactérias (Metacalf & Eddy).
No tratamento secundário de modo a diminuir a concentração de nitratos pode recorrer-se a uma desnitrificação através da utilização de um tanque anóxico (oxigénio combinado) (Metcalf & Eddy). Posteriormente realiza-se um tratamento por lamas ativadas de modo a reduzir os valores da matéria orgânica. As lamas sólidas resultantes são retiradas para tratamento ou confinamento em aterro embora, uma pequena parte seja re circulada para aumentar a eficiência do processo.
As lamas ativadas consistem num processo com biomassa suspensa, cujo tempo de retenção é curto. Como o tratamento é feito num reator biológico e num decantador secundário, consegue-se controlar melhor a população bacteriana. A eficiência de remoção de CBO5 e CQO é da ordem dos 90 a 99%.

4-Claramente sim! Rio Tinto e todo o Concelho só teriam a ganhar com isso, desde a criação de uma zona que iria trazer e juntar as populações à beira rio bem como um melhor enquadramento paisagístico numa localidade fortemente demarcada pelo “ferro e o betão”. A ligação do corredor verde até ao Parque Oriental constitui uma boa ideia, uma vez que, proporciona um aumento da qualidade de vida e do “pulmão verde” do concelho. Em relação às verbas e à calendarização seria necessário a realização de um estudo prévio para se definir montantes, metas e objetivos

5-A história de Rio Tinto está intimamente ligada ao seu rio. Nesta vertente os moinhos revestem-se de importância fundamental. Que projetos aponta no campo da recuperação deste património histórico e que verbas pensa disponibilizar para esse efeito?A recuperação do património edificado, bens que devem estar à disposição das populações não só com o objetivo de reforçar as identidades locais por meio da valorização de seus aspetos particulares, se jam estes em relação ao ambiente natural, à cultura ou aos seus aspetos histórico artísticos, passam a ser fundamentais para o desenvolvimento local aliar o desenvolvimento à preservação da história e cultura com a finalidade de se preservar o passado. Mas também a cuidadosa conservação de seus valores identitários. no desenvolvimento do turismo.

sábado, 25 de maio de 2013

Resposta da candidata Maria João Marinho

Há dias demos aqui conta da iniciativa de enviarmos aos cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal de Gondomar de um conjunto de questões relacionadas com a área de intervenção do nosso Movimento.
Recordando as questões.
1 -Solução para os emissários dos esgotos no leito do rio, sim ou não?
2 -Fiscalização das ligações de esgotos ao rio, sim ou não?
3 -Impedir o lançamento do efluentes da ETAR no rio Tinto, sim ou não?
4 -Parque da Levada, sim ou não?
5 -Recuperação dos edifícios ligados à história do rio Tinto, sim ou não?


Recebemos e divulgamos hoje a resposta recebida da candidata do PSD Maria João Marinho.

Exmos. Srs.,

            Foi com prazer que recebi as questões que se inserem no âmbito das preocupações do vosso Movimento Cívico de intervenção ambiental, cuja pertinência é de manifesta importância.

            A participação activa dos cidadãos, identificando e revelando os problemas que os preocupam, numa perspectiva de sustentabilidade da sua resolução, para em conjunto com as entidades responsáveis lograrem o desenvolvimento dos processos de Revitalização e Reabilitação Urbana, é da maior importância e, por mim encarada como uma das prioridades, assim que assuma a presidência da Câmara Municipal de Gondomar.

            Verificam-se problemas de ordem ambiental, de degradação progressiva de infra-estruturas, do património construído, de espaços urbanos e verdes de utilização colectiva que urgem ser enfrentados. Estes problemas existem em Rio-Tinto e, infelizmente, em todo o concelho de Gondomar.

            Portugal atravessa um momento económico muito difícil, não sendo as autarquias uma excepção, o que nos obriga a ponderar muito bem todos os problemas que afectam a nossa população, hierarquizando as nossas prioridades de intervenção, no âmbito das nossas competências e deveres enquanto autarcas.

            Em termos ambientais, Rio-Tinto tem de ser encarado como uma das freguesias prioritárias de análise e intervenção do próximo Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, tendo em conta os seus problemas, sendo o rio Tinto indissociável dessas prioridades.

            A demanda em devolver aos cidadãos um rio Tinto limpo, com ambiente saudável e adequável para toda a população, tem que ser uma exigência da Câmara Municipal de Gondomar.

            A pertinência das vossas questões e preocupações, reflectidas neste vosso questionário, exigem dos candidatos à presidência da Câmara Municipal de Gondomar um conhecimento em detalhe dos dossiers e projectos de forma a permitir uma formulação intelectual e tecnicamente séria, sob pena de se transformarem em promessas vãs e desajustadas.

            Estou certa que ao contribuir para uma cidade saudável e limpa, Gondomar será um concelho mais atractivo e aprazível, ganhando competitividade.

            É importante o envolvimento de todos os cidadãos, onde o vosso Movimento muito pode contribuir para a resolução dos problemas deste concelho.

            É também pertinente e imperioso encarar cada problema de cada local e cada freguesia, como um problema de GONDOMAR, pois só na união e na consciencialização dos nossos problemas poderemos e seremos um TODO.

            Estou convencida que com esta sensibilização, juntos construiremos um Gondomar rejuvenescido, um GONDOMAR CHEIO DE ESPERANÇA.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

RECOLHA FOTOGRÁFICA NO RIO TINTO

O Movimento em Defesa do Rio Tinto promove uma iniciativa com a qual se pretende que os amigos do rio recolham imagens sobre o património natural e construído que se pode ainda encontrar em toda a bacia hidrográfica em que se implanta, bem como sobre evidências atentatórias desse património.
Haverá para os participantes, toda a liberdade no que se refere aos locais e tipo de realidades a documentar bem como ao tipo de aparelhagem a utilizar.
Então, no próximo dia 8 de Junho, pelas 10 horas, convidamos quem possa aderir a esta iniciativa a concentrar-se junto da torre da Quinta das Freiras (que se localiza ao lado das piscinas municipais de Rio Tinto). Lá, se encontrarão elementos do Movimento que darão mais algumas indicações úteis.
Posteriormente, selecionaremos um conjunto de imagens, entre as que nos forem enviadas para o nosso e-mail (move.riotinto@gmail.com) que divulgaremos nas páginas oficiais do Movimento (blog, site e Facebook) sem prejuízo de outros eventuais modos de exposição. De qualquer modo,todas as fotos que nos forem cedidas pelos nossos amigos ficarão a fazer parte do nosso acervo documental a todo o momento mobilizável e, por isso, se entenderá que os respetivos autores prescindirão de quaisquer direitos pela sua difusão por parte do Movimento.
Esperamos, pois, uma vasta participação nesta iniciativa, solicitando que o envio dos resultados do trabalho fotográfico que propomos seja feito até às 24 horas do dia 15 de Junho.

domingo, 12 de maio de 2013

Perguntas aos candidatos

Com as eleições autárquicas que se avizinham, estaremos perante mais um importante momento da nossa vivência democrática.
No sentido de poder, de algum modo, contribuir para um maior e melhor esclarecimento dos cidadãos eleitores face às diversas opções em confronto, decidiu o Movimento em Defesa do Rio Tinto remeter aos candidatos já anunciados à Presidência da Câmara Municipal de Gondomar, um conjunto de cinco questões que se situam na área das nossas preocupações enquanto movimento cívico de intervenção no domínio ambiental.
São elas:
1 -Solução para os emissários dos esgotos no leito do rio, sim ou não?
A localização de linhas de águas residuais em pleno leito de cheia do rio Tinto e dos seus afluentes têm sido um dos maiores problemas ambientais.  As várias ruturas e entupimentos levam a que grandes volumes de esgotos domésticos poluam o nosso rio. Que soluções aponta e que investimentos pensa fazer? 
2 -Fiscalização das ligações de esgotos ao rio, sim ou não?
O rio nunca poderá recuperar sem uma eficaz e permanente fiscalização e eliminação das ligações ilegais de esgotos domésticos e industriais ao nosso rio. Que medidas pensa tomar? Que calendarização é preconizada? Aponta algumas medidas de exceção para as populações mais carenciadas, de modo a facilitar as ligações dos esgotos domésticos aos respetivos coletores?
3 -Impedir o lançamento do efluentes da ETAR no rio Tinto, sim ou não?
Ainda que seja legal uma ETAR, como a de Rio Tinto, a funcionar em perfeitas condições, lançar os seus efluentes num meio hídrico de tão pequeno caudal, é claro para todos os técnicos competentes que isso exercerá uma tremenda pressão neste rio. Propõe o encerramento da ETAR de Rio Tinto? Propõe a construção de um emissário que leve as águas dessa ETAR diretamente para o Douro? Propõe outra solução técnica, capaz de eliminar definitivamente o efeito pernicioso que as descargas da ETAR de Rio Tinto têm no nosso rio?
4 -Parque da Levada, sim ou não?
Temos vindo a defender a construção de um importante espaço verde no centro da cidade de Rio Tinto. Nesta área específica existem muitas questões em aberto e esboços inquietantes de pressão imobiliária para aquele território. Que projeto defende entre a zona da Igreja de Rio Tinto e Baixa da Ponte (com incidência particular no antigo espaço do mercado e em todos os terrenos contíguos à Avenida do Rio Tinto, desde as piscinas até ao moinho da Vitória? Defende, por exemplo, a construção de um importante corredor verde que ligue o centro da cidade de Rio Tinto ao Parque Oriental da cidade do Porto? Que verbas está em condições de garantir para esta grande intervenção? Que calendarização aponta para esse projeto?
5 -Recuperação dos edifícios ligados à história do rio Tinto, sim ou não?
 A história de Rio Tinto está intimamente ligada ao seu rio. Nesta vertente os moinhos revestem-se de importância fundamental. Que projetos aponta no campo da recuperação deste património histórico e que verbas pensa disponibilizar para esse efeito?

Ficamos a aguardar que nos cheguem as respostas as quais divulgaremos, designadamente neste blog.