No sentido de poder, de algum modo, contribuir para um maior e melhor esclarecimento dos cidadãos eleitores face às diversas opções em confronto, decidiu o Movimento em Defesa do Rio Tinto remeter aos candidatos já anunciados à Presidência da Câmara Municipal de Gondomar, um conjunto de cinco questões que se situam na área das nossas preocupações enquanto movimento cívico de intervenção no domínio ambiental.
São elas:
1 -Solução para os emissários dos esgotos no leito do rio, sim ou não?
A localização de linhas de águas residuais em pleno leito de cheia do rio Tinto e dos seus afluentes têm sido um dos maiores problemas ambientais. As várias ruturas e entupimentos levam a que grandes volumes de esgotos domésticos poluam o nosso rio. Que soluções aponta e que investimentos pensa fazer?
2 -Fiscalização das ligações de esgotos ao rio, sim ou não?
O rio nunca poderá recuperar sem uma eficaz e permanente fiscalização e eliminação das ligações ilegais de esgotos domésticos e industriais ao nosso rio. Que medidas pensa tomar? Que calendarização é preconizada? Aponta algumas medidas de exceção para as populações mais carenciadas, de modo a facilitar as ligações dos esgotos domésticos aos respetivos coletores?
3 -Impedir o lançamento do efluentes da ETAR no rio Tinto, sim ou não?
Ainda que seja legal uma ETAR, como a de Rio Tinto, a funcionar em perfeitas condições, lançar os seus efluentes num meio hídrico de tão pequeno caudal, é claro para todos os técnicos competentes que isso exercerá uma tremenda pressão neste rio. Propõe o encerramento da ETAR de Rio Tinto? Propõe a construção de um emissário que leve as águas dessa ETAR diretamente para o Douro? Propõe outra solução técnica, capaz de eliminar definitivamente o efeito pernicioso que as descargas da ETAR de Rio Tinto têm no nosso rio?
4 -Parque da Levada, sim ou não?
Temos vindo a defender a construção de um importante espaço verde no centro da cidade de Rio Tinto. Nesta área específica existem muitas questões em aberto e esboços inquietantes de pressão imobiliária para aquele território. Que projeto defende entre a zona da Igreja de Rio Tinto e Baixa da Ponte (com incidência particular no antigo espaço do mercado e em todos os terrenos contíguos à Avenida do Rio Tinto, desde as piscinas até ao moinho da Vitória? Defende, por exemplo, a construção de um importante corredor verde que ligue o centro da cidade de Rio Tinto ao Parque Oriental da cidade do Porto? Que verbas está em condições de garantir para esta grande intervenção? Que calendarização aponta para esse projeto?
5 -Recuperação dos edifícios ligados à história do rio Tinto, sim ou não?
A história de Rio Tinto está intimamente ligada ao seu rio. Nesta vertente os moinhos revestem-se de importância fundamental. Que projetos aponta no campo da recuperação deste património histórico e que verbas pensa disponibilizar para esse efeito?
Ficamos a aguardar que nos cheguem as respostas as quais divulgaremos, designadamente neste blog.
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