quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mais betão no Centro Cívico de Rio Tinto? NÃO!

Não nos conformamos com essa eventualidade e lutaremos contra ela com todos os meios ao nosso alcance.



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Projeto Parque Público da Levada

Realizou-se ontem, no salão da Junta de Freguesia de Rio Tinto a apresentação de mais um projeto para a transformação do Centro Cívico da nossa cidade.
A iniciativa, promovida pelo nosso movimento, começou com uma breve introdução, a cargo dos nossos companheiros Carlos Duarte e Marta Macedo.
Chamou.se a atenção para o grave problema da desafetação de espaços territoriais sensíveis situados em zonas nobres que estão em vias de serem retiradas da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional. Deste modo, dotar-se-ia de capacidade construtiva terrenos até agora protegidos. Ou seja, teríamos mais betão em detrimento de espaços verdes.
Realçou-se também o facto de esse processo de desafetação ter sido acionado pelo anterior executivo camarário mas que o atual encaminhou para aprovação superior, sem oposição concludente e eficaz. Isto apesar do anunciado projeto para o Centro Cívico que este executivo apresentou fazer cair, para já, a aberrante construção de 4 altas torres nos terrenos do antigo mercado municipal (algo a que o Movimento sempre se opôs frontalmente) e para onde se propõe agora um parque com diversas funcionalidades . Mas nesse local, que se recorda, fica junto da ribeira da Castanheira, se viessem a ser aprovados os novos mapas de ordenamento, nada impediria, no futuro, a construção de imóveis.
Em seguida, os arquitetos paisagistas Ana Rita Lima e Rodrigo Barbosa,apresentaram o projeto Parque Público da Levada, de que são co-autores juntamente com Alexandre Sá (que não pôde estar presente).
Em síntese, esta proposta prevê a implantação de extensas zonas arborizadas entre a zona do antigo mercado e a bouça de São Caetano, a criação de um parque multifuncional nos terrenos do antigo mercado, função que voltaria a ser possível naquele espaço, construção de circuitos pedonais e cicclovias e de equipamentos de carater lúdico e desportivo, bem como hortas urbanas. Dentro de um conceito base definido como Desporto e Lazer.

Na parte final da sessão abriu-se o debate, tendo-se registado várias intervenções dos presentes, evidenciando preocupações diversas a propósito do futuro de tão sensíveis como importantes parcelas do centro de Rio Tinto.

domingo, 12 de outubro de 2014

Percurso pela História do Rio Tinto

Conforme o anunciado, realizou-se hoje a ação Percurso Pela História do Rio Tinto, com a presença do historiador e arqueólogo Joel Cleto.
Estiveram presentes cerca de setenta pessoas que se concentraram junto da Casa da Juventude na Quinta das Freiras.
O nosso companheiro Carlos Duarte proferiu algumas palavras na abertura da iniciativa.
Depois. passou a palavra a Joel Cleto que começou por se referir a alguns aspetos históricos relacionados com Rio Tinto, designadamente com o Mosteiro da Ordem de São Bento ,que justifica a designação de Quinta das Freiras e onde terá falecido a Rainha Santa Mafalda durante uma passagem por esta terra, sendo mais  tarde sepultada em Arouca. De acordo com uma velha lenda, transportada no dorso de uma burra que a conduziu até essa localidade, onde a monja então tinha então a sua residência.
Dali seguimos até à estação ferroviária de Rio Tinto, parando junto aos belos azulejos que ali se encontram, com imagens também relacionadas com histórias e lendas desta nossa terra.
Aqui, o historiador falou sobre acontecimentos mais ou menos históricos, mais ou menos lendários, como a famosa batalha entre mouros e cristãos comandados respetivamente pelo Califa de Córdoba e por Dom Hermenegildo e que está ligada à toponímia destas zonas, desde logo Rio Tinto (cor das águas tingidas pelo sangue dos mortos), Contumil ("já conto mil" mortos...) ou mesmo Campanhã (por causa da Senhora da Campanha, imagem que teria sido encontrada entre os despojos da batalha).
Dali seguiu-se em direção ao rio Tinto com paragem na rua Quinta da Campainha onde Cleto se referiu à importância do rio na irrigação dos campos agrícolas. Ali, bem perto, a Quinta da Campainha, hoje já bastante amputada da sua dimensão antiga, recorda esses tempos em que as águas do curso de água que dá o nome à cidade eram fonte de vida e pólo aglutinador de atividades humanas.
Seguimos junto à linha do Metro, com breves paragens para apreciar as desnaturalizações que a construção desta importante via de comunicação trouxeram ao rio e suas margens.
Parámos por momentos na zona das Perlinhas, onde se pode observar o início do entubamento do rio, erro histórico que continua a doer a quantos amam a sua terra e o seu património natural.
A próxima paragem foi junto à Igreja de Rio Tinto, onde o historiador falou sobre mais alguns aspetos da história de Rio Tinto, dando relevo a São Cristóvão, patrono da cidade, homem iletrado mas fisicamente robusto, que transportava às costas pessoas mais débeis que, por si só, não conseguiam vencer as àguas do rio.
Tempo depois para a fotografia do grupo que participou em mais esta iniciativa do nosso Movimento. Para mais tarde recordar...

Prosseguindo a caminhada, fomos redescobrir as àguas do rio, à saído do malfadado entubamento.

E a jornada terminaria, mais adiante, junto da zona da Levada onde se vizualizaram restos dos moinhos que ali existiram.
Depois, mais algumas palavras de Carlos Duarte que agradeceu a presença de quantos nos acompanharam neste evento, em particular a Joel Cleto, que com a sua disponibilidade e os seus conhecimentos, abrilhantou esta incursão pela História de Rio Tinto.
O historiador, encerrou a ação, dizendo do seu prazer em ter estado connosco.
E foi assim na manhã de domingo.
Mas na próxima quarta-feira, há mais.
Não esqueça mais um debate sobre o Centro Cívico de Rio Tinto, a realizar no Salão da Junta de Freguesia, pelas 21h15 (ver post anterior neste blogue).

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Mais um debate sobre o Centro Cívico de Rio Tinto

O Movimento em Defesa do Rio Tinto promove novo debate em que se dará a conhecer mais um projeto para  transformação futura do Centro Cívico da nossa cidade. 
Nesta iniciativa participarão os arquitetos paisagistas Ana Rita Lima, Rodrigo Barbosa e Alexandre Sá. A opinião de todos é muito importante.
Contamos com a sua presença no salão da Junta de Freguesia de Rio Tinto na próxima quarta feira.

sábado, 4 de outubro de 2014

MAIS BETÃO AQUI? NÃO!


ZERO DE BETÃO PARA O CENTRO CÍVICO DE RIO TINTO
Porque:
  • não pode ser de outro modo;
  • Rio Tinto já tem construção excessiva;
  • Rio Tinto não tem uma zona verde para a dimensão populacional que apresenta;
  • a recuperação do rio Tinto no centro da cidade é perfeitamente possível;
  • o aumento da qualidade de vida dos que cá moram é fundamental;
  • os riotintenses merecem que os decisores políticos não voltem a ter visões curtas.
Alguns comentários sobre o futuro centro cívico de Rio Tinto anunciado pelo executivo da Câmara Municipal de Gondomar através do jornal Vivacidade.
Zona A - Antigo terreno da feira de Rio Tinto
O atual executivo da CMG, e muito bem, rejeitou a construção das torres de habitação nesta zona. Mas a proposta para este espaço não vai de encontro a uma utilização permanente. A solução final tem que ser versátil e servir a população todos os dias do ano. Afinal trata-se de um dos terrenos mais nobres da freguesia. Um terreiro para efemérides pontuais não é suficiente, ainda que essa função possa, também, vir a ser atribuída a esse espaço.
Zona B - Espaço entre a linha de Metro e a Avenida do Rio
Genericamente deverá ser uma zona arborizada, naturalizada numa extensão máxima e potenciada pela ribeira da Castanheira e pelo rio Tinto. O desentubamento do rio Tinto não pode ser hipotecado. A Avenida do Rio pode e deve ser repensada e perder grande parte da largura que não necessita para a função que desempenha. O executivo da CMG parece ter deixado cair a ligação viária entre o Parque Nascente e a rotunda do Centro de Saúde. Esperamos que essa solução se venha a manter.
Zona C - Espaço entre os moinhos da Vitória e os moinhos de Vila Cova
Esta zona deve ser incluída no centro cívico, o potencial dos moinhos recuperados será inestimável para Rio Tinto.
Zona D - Zona superior à Avenida do Rio, conhecida como "Quinta do Cristóvão"
O executivo da CMG continua a defender propostas do passado, como a construção de um hotel e a construção de blocos para habitação. Esta solução não defende o interesse dos riotintenses. A naturalização e arborização dessa zona serão fundamentais para que o Parque do Centro Cívico assuma o potencial necessário para uma cidade que tem 50 000 habitantes. Havendo vontade política será possível reverter erros do passado e impedir a implantação de mais betão. A CMG não tem que partir de uma posição frágil para esta negociação. Historicamente esta zona era um espaço agrícola e deverá ser um espaço verde. Há claras alternativas à proposta apresentada pela CMG. É possível sonhar com um centro cívico que se adeque a uma cidade com a dimensão populacional como Rio Tinto. Contrapartidas e jogos de interesses não poderão hipotecar o futuro.

Movimento em Defesa do Rio Tinto

planta da proposta de centro cívico a que se refere o texto